Monday, January 02, 2006

E acabou-se o segundo dia do ano. E minhas dúvidas ficam mais fortes. Lembro de coisas que quase fiz que me assustam até hoje. Lembro de fatos que pra mim eram normais que hoje me sinto mal de apenas ter pensado em tal coisa.
Sim, eu quase tomei remédios. Não, não drogas ilegais fodonicas – como diria a Kánakow – mas um simples remediozinho pra dor muscular.
Como pude? Não sei. Se não fosse a Lívia desesperar-se por ver no que eu estava me transformando – uma das poucas pessoas que ela achava nessa cidade que tinham conteúdo – talvez eu tivesse embarcado nessa. O fato dela ter parado no fim da aula e conversado mó tempão comigo, falando que não podia me obrigar, mas que perdeu vários amigos desse jeito, que não queria perder mais um.
Mas hoje estou aqui. Graças a ela. Que está com o meu CD do Massacration gravado por mim até hoje .-.’ Mas foi uma boa (não, ÓTIMA) troca. Ainda me pergunto por que não tomei. Porque não mandei ela tomar banho na soda e virei a cartela duma vez. Talvez porque ela esteja certa (la vem o diabo do talvez). Sei que ela foi (e ainda é, sempre vai ser) uma pessoa importante pra mim. Alguém que não só manifestou seu pensamento sobre tal coisa, mas explicou de tal modo o que sentia, com tanto ímpeto, que me sinto incapaz de escrevê-lo.
Temo perder contato com ela. Mas é a vida. Um dia se perde no outro não se ganha (by Slyth3rin).
Ainda acho que tudo aparece por uma razão. Uma pessoa pela internet. Um desconhecido que sorri, ou que fecha a cara quando passa por você. Ele pode não saber o que passa, mas se prestássemos atenção nessas coisas, talvez... talvez quem sabe nossas decisões não ficariam mais fáceis?
Talvez não tenhamos que chegar ao paradoxo, quando pensamos na nossa existência. Várias vezes me deparei com isso, pensando que somos um agrupado de células que vivem semi-independemente. Mas como? Isso é motivo de depressão.
Outra palavrinha do caramba.
Depressão. Por ela que a Giu se aproximou de mim. Por ela que eu e a Lívia formamos uma amizade um tanto quanto estranha. Nela eu aprendi a dar valor a pessoas como o Gabriel, que provavelmente nunca vai ler esse post. Mas que fizeram a diferença na minha vida.
E é agora que vem a bomba. Não posso me animar pra escrever as coisas que dá nisso.
Sempre guardam as maiores emoções pro fim da novela. Ou do post.
Só porque chorei na frente do coordenador do meu inglês? Só porque a primeira frase que eu vi no meu livro de inglês foi ‘commit suicide’? Só porque eu tinha três vergões no pescoço? Que o Guilherme foi o único que tratou com seriedade? Que descobrira que eu tentara me enforcar, embora eu negasse – até a morte (sem trocadilhos).
{Frase viajada que não tem nada a ver com o contexto, mas que me veio à cabeça: “Devo, não nego. Pago quando não puder”}

Mas é.
Escrevi muito, apaguei mais ainda. Ainda chegará um dia em que eu postarei um texto sem apagar nada senão os erros de português. Talvez. Mais uma vez, talvez.
Se alguém souber – ou descobrir – um significado pra palavra vida, não me mostre, nem diga. Senão a vida não terá mais graça. Pois do que regozijaria eu, se não tivesse sofrido tanto, aprendido (ou não) tantas coisas, levado tanto na cara.
Se eu não tivesse levado tanto na cara.
Provavelmente seria mais um desses. Que apenas vivem, um dia após o outro. Eu porém, espero viver um dia antes do outro. Sentir cada emoção com gosto. A fundo. Aproveitar cada momento. Seja de alegria. Seja de depressão. Seja de solidão. Pois isso é viver. É isso que nos prende a esse mundo. A certeza de que vivemos. A certeza que um dia morreremos. Como disse ‘Chicó’ sobre a morte:
“Cumpriu sua sentença.Encontrou-se com o único mal irremediável.Aquilo que amarga o nosso destino na terra. Aquele fato sem explicação,Que iguala tudo que é vivo num só rebanho de condenados.Porque tudo que é vivo morre.”

4 comments:

Anonymous said...

Igoor o.o
vc escreve bunitooo
mas agora se me dexo preucupadaa x/
eu sei q nun eh mais hora pra tah preucupada com vc... pq pelo menos, pelo u q eu te conheço, vc jah supero essas coisas q eu li agora... mas aiaiai! TO preucupada agora ;_;
humpf x/
vc
sinhor
..
nunca nem pense ... mais.. numa coisa dessas? OUVIIUU? ham! sinaun eu te bato com o meu sansão!

Anonymous said...

A retrospectiva daquele dia foi boa, mito boa, mas muito cheia de talvezes e desprovida de certezas. Será? Talvez...
Vc teve um ano consideravelmente bom, enfim achou quem te quizesse (de tanto que eu mandei vc "Caçar que te quer" no recreio tb!) Mas alguem muito especial, por sinal.=D
Vc me conheceuu (fale a verdade, isso pra vc foi ótimo) =P
Vc superou tudo com brilhante particularidade! E tudo correu como devia (?).

Valeu por tudo, mesmo pela sua encheção de saco na escola, até que valeu. (mas não continue assim)
Um Beijo.

Niele said...

Desculpa, a priguiça de ler.
Vou te add nos emus favoritos, e juro q leio depois :*

Anonymous said...

q lindas suas palavras, mas ao mesmo tempo, tristes e profundas...
frases tristes, profundas, palavras como solidao, suicidio, e tal... o q é um ser gotico, entao?? talvez naum seja tao bom ser um deles! massss...é a vida...
saber viver com sabedoria é dificil..mas creio q vc esta se tornandu um grande homem com isso...=D
e naum foi pela sua depre q me aproximei de vc, mas por vc se fazer tao presente em tao pouco tempo na minha vida, pelo seu jeito engracado, e muitoss outros motivos q naum vale apena citar! =D
bommm....quanto a vida, apesar de misteriosa, é muito boa de viver.. basta aprender o q ela ensina! =D
*e percebe-se q vc aprendeu muuuita coisa!
b-ju