Então é assim, tudo muda. Ontem melhores amigos, de família até. Hoje colegas de sala. Mas quem se importa pra falar a verdade? Quem corre atrás? Já se foi meu tempo de fazê-lo. Não vou mais correr atrás do prejuízo que não causei. Não vou correr atrás de gente brigona, com pavio curto. Agüentei o que pude. Quer ficar nervoso? Se vira, sai de perto. Não sou mais nada mesmo. Que seja. Que posso fazer eu? Filtrar o que diz? Não, acho que não, já passei dessa época. Bom que aprendi a lição. Não se envolver na confusão, que sempre sobra pra todo mundo. Não meche na bosta, porque fede. Eis o ponto.
E eu ouço Edguy. “Your eyes are the gate / To the land of the miracle, where our love can make us fly (make us fly)”.
Um dia ainda vou tocar isso. Um dia ainda vou ter um baixo. Vou poder batalhar pelo que quero. Provar o que não sou. Provar o que sou. Porque nunca vir a mim? Porque não eu? Então, é isso. Falta 120 reais. Só 120. E consigo o que quero. MEU baixo. Depois eu me viro comigo mesmo. E eu vou provar pra mim mesmo que não sou tão ruim assim. Tão tosco, idiota, burro ou sem-noção. Vou provar que nem tudo que eu ponho a mão vira bosta. Embora tudo esteja virando. Mas isso muda. Ah, muda. Sim, vou batalhar. Vou pra São Paulo. Vou sim. Pelo menos falta de vontade ou de estudo não é. Só falta melhorar
Vou lutar. Ah, vou. E começo agora. Como tudo que faço. Tudo ao mesmo tempo agora. Porque é assim que há. E nem tudo na vida é um ciclo vicioso.
Falei que ia parar de comer carne, parei. Falei que ia ficar sem falar durante 5 horas? Fiquei. Estou provando algo pra alguém? Não, só pra mim mesmo, pois se eu fiquei sem falar por 5 horas, coisa que todos duvidavam, o que eu não posso fazer?
Rumo ao auto-controle. Porque agora, o ‘joystick’ é meu. E este aqui não tem mau-contato. E sorriso pra quem pegou a deixa.
“Nunca havia visto a besta enganada em mim,
Bem, sou um cretino, e eu realmente sempre o serei
Então, por que agora, oh deixe que aconteça”.
Children of Bodom
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